METAIS PESADOS {com lidar com eles}

Dentre as estratégias por mim traçadas na eliminação dos metais pesados e na restauração das vias orgânicas, existem NÍVEIS BÁSICOS DE TERAPÊUTICA além da conduta inicial de quelação que comentei no post anterior.

Julgo essencial permear com sabedoria e bom senso, cada um deles, contemplando a individualidade bioquímica e sistêmica, para uma BOA evolução clínica.

Acho interessante passar aqui os pontos principais:

 

A NÍVEL AMBIENTAL

Evite ou limite a exposição a toxinas no geral!

Cuide do seu AR.. com um bom filtro de ar.

Cuide da sua ÁGUA.. com um bom filtro de água; tanto para a água do banho quanto para a água de hidratação orgânica. Gosto bastante de ozonizadores também.

Se estiverem em uma fase de vida que possibilite a mudança de ambiente para casa de campo, casa de praia; perfeito! Caso ainda não seja possível, com os dois conselhos acima já conseguimos desfrutar de um certo alívio para o corpo e para mente {sim para a mente, pois muitos dos metais pesados têm atuação deletéria sobre o Sistema Nervoso Central, como citei antes}

Utensílios de cozinha USUAIS, tais como cosméticos, produtos de limpeza e de higiene pessoal.. todos eles contêm metais em sua composição. Materiais inertes são boas opções para evitarmos os malefícios a médio e longo prazo; os melhores são vidro, bambu e cerâmica. Em relação aos cosméticos, atualmente existem BOAS marcas que não utilizam parabenos, PABA, dioxina, ftalatos e outros químicos com alto grau de toxicidade. O mesmo para produto de limpeza e higiene pessoal {aqui me preocupo especialmente com o alumínio dos desodorantes antitranspirantes e dos tubos de creme dental} Mas felizmente muitas empresas de ambos os seguimentos, estão mais ecológicas, lançando mão de insumos naturais, à base de plantas; biodegradáveis. É importante a escolha consciente e o investimento nestes itens.

 

A NÍVEL NUTRICIONAL

A rotina alimentar é importantíssima quando se trata de destoxificação.

É claro que cada caso é um caso, mas de forma geral, oriento o consumo de algas e micro algas marinhas, shots com especiarias e vitamina C, brássicas e compostos enxofrados, bardana e dente de leão, chás ricos em fitoquímicos e tudo aquilo que é ardidinho e amargo também.

Aprendi que nessa vida o óbvio precisa ser dito; então: os alimentos processados ficam totalmente de fora, pelos inúmeros corantes, conservantes, bromatos, nitritos e nitratos, dentre outros.

Alimentos in natura são os que têm vez! Até pelo teor de fibras, que SIM, auxiliam no processo de quelação.

Os fermentados também ganham destaque. E no que se refere à lácteos, sempre aqueles feitos de leite cru; não pasteurizado.

Aqui preciso falar sobre algo que quase ninguém sabe.. quando temos carência em termos de minerais essenciais e ou oligoelementos, o corpo usa metais tóxicos como substitutos. Inacreditável, mas é verdade! Vou dar quatro exemplos bem comuns, mas existem muitos outros tão importantes quanto.

Na deficiência de cálcio, o chumbo ocupa seu lugar. Isso ocorre especialmente na dinâmica da saúde óssea e na formação dos glóbulos vermelhos, comprometendo estes processos.

Já na falta de zinco, o cádmio entra em ação, tendendo a se acumular nos rins e causar também neuropatia periférica. Sem contar que o zinco é fundamental ao sistema imune e assim a resposta imunológica fica bastante alterada.

Quando a ingestão de magnésio é insuficiente, há uma compensação com o alumínio, que promove inúmeras alterações neuroquímicas podendo incitar inclusive a doença de Alzheimer em indivíduos geneticamente predispostos.

A carência de manganês implica em alocação do níquel para estas reservas; o níquel é altamente cancerígeno.

Então a avaliação bioquímica ou por espectrofotometria para detecção de deficiências nutricionais, é extremamente necessária, pois a correção delas já implica em uma eliminação quase que imediata destes metais dos tecidos em que estão alocados.

 

A NÍVEL DE DESTOXIFICAÇÃO HEPÁTICA

Nosso fígado tem uma capacidade incrível de eliminar naturalmente as toxinas, convertendo grande parte dos produtos químicos nocivos que ingerimos, inalamos ou absorvemos, em compostos hidrossolúveis.

Tal mecanismo alivia a sobrecarga renal e gastrintestinal, restaurando a via natural de destoxificação. Acontece que muitas vezes eu preciso estimular isso, pois o organismo de algumas pessoas simplesmente desaprendeu a usar esta via.

Começo ativando a primeira etapa da destoxificação, o que envolve limpar as toxinas do trato digestivo com ligantes metálicos específicos. Depois, ofertando uma associação de fitoquímicos, consigo induzir enzimas hepáticas e seus co.fatores para as reações bioquímicas necessárias ao processo completo.

 

A NÍVEL DE TRATO GASTRINTESTINAL & RENAL

Muito do que precisamos resolver de desordens orgânicas, se inicia no intestino; fato. O trato gastrointestinal reage às toxinas que o atravessam e que agridem o sistema imune. Então essa é uma fase importantíssima.

Uma vez que retirados os tóxicos do trato gastrointestinal, haverá maior habilidade do fígado para desintoxicar o intestino delgado, além de reduzir a sobrecarga aos rins.

Essa fase é repleta de detalhes, que precisam ser progressiva e sincronicamente orquestrados, como repor enzimas, reparar mucosa, recuperar vilosidades, resgatar junções ´gap intestinais, repor probióticos {as vezes simbióticos e flavobióticos também} e incitar o ´flow nas artérias renais para nutrir funcionalmente as células deste órgão.

 

A NÍVEL BIOQUÍMICO

Cabe a mim, através da prática Ortomolecular, otimizar a bioquímica metabólica necessária à destoxificação; é isso.

Essa DETOX bioquímica contempla a prescrição de Glutationa, Ácido R Alfa Lipóico, Metionina, N.Acetilcisteína, Betaína, Glicina, Ácido Elágico, Cistina e Cisteína, dentre outros que catalisam e movem os metais para o exterior das proteínas celulares.

 

A NÍVEL CELULAR

Agentes que promovem a retirada de metais tóxicos intracelulares, o fazem de maneira indiscriminada, ao contrário dos outros passos que têm ação ´órgão especifica e por isso são mais eficientes.

Como os principais removedores de íons metálicos intracelulares {Ácido Etilenodiamino Tetra.acético I 2,3 Dimercapto 1 I Ácido Propanossulfônico} têm ampla ação inespecífica, eles podem complexar não só os íons metálicos; mas também e com frequência, compostos BIO.ativos vitais que não deveriam ser eliminados. Por isso a intervenção neste nível deve ser realizada com precisão.

 

A NÍVEL PERCUTÂNEO & TRANSDÉRMICO

Transpirar é uma das melhores e mais simples maneiras para o corpo livrar.SE de toxinas acumuladas nos sistemas orgânicos.

Cerca de 30% dos resíduos metabólicos passam pela pele. Na verdade, na verdade, o tecido tegumentar libera até 2Kg de resíduos metabólicos DIARIAMENTE através da transpiração.

Costumo dizer que a sauna e os exercícios são o combo do BEM ESTAR BEM à nível percutâneo e transdérmico!

Sobre os exercícios, tenho inúmeros posts aqui no site nos quais exponho claramente todos os mecanismos benéficos do #CorpoEmMovimento

Sobre saunas.. as infravermelhas são mais eficientes no quesito DESTOXIFICAÇÃO do que as saunas tradicionais, pois a luz infravermelha penetra várias polegadas através dos tecidos; potencializando a oxigenação, otimizando a circulação e os processos de eliminação dos resíduos metabólicos e dos metais pesados. Diversos estudos vêm comparando a composição do suor de pessoas que fizeram sauna tradicional com as de quem fez sauna infravermelha. Na sauna tradicional o suor é composto de até 97% de água enquanto na sauna infravermelha este percentual fica entre 80 e 85% com os 20 a 15% restantes composto de metais pesados, ácido sulfúrico, sódio, amônia, ácido úrico e toxinas lipossolúveis.

Para quem não tem acesso à infravermelha, a sauna seca tem também seu valor 😉

Mas quem me conhece sabe que eu contra indico as saunas à vapor; pelo fato de absorvermos muito cloro {em geral, a água vaporizada é tratada com uma imensa quantidade de cloro} e prejudicarmos assim a nossa glândula mestra.. a tireóide.

 

 

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